A Copa do mundo (não) é nossa!

Não sou fanático por futebol. Ok, ok, não vou mentir. Eu não estou nem aí para o futebol, mas claro, estava torcendo para Campo Grande ser uma das subsedes da Copa de 2014. Pode ser que nem vivo eu esteja até lá, mas mesmo assim torcia. A lista com o nome das cidades seria anunciada apenas no domingo, 31 de maio, lá nas Bahamas.
Seria. O colunista do Jornal O Globo, Anselmo Góis, soltou antes e Campo Grande ficou de fora, perdendo para Cuiabá.
Por mais que eu torcesse, não fazia questão, mas, pô, perder para uma cidade com uma infra-estrutura infinitamente pior do que a nossa (nem aeroporto eles têm), é foda.
Minha mãe já tinha me alertado ao dizer que a decisão seria política. O Governador Blairo (caldo) Maggi é do Partido da República (PR). A sigla faz parte da base aliada do governo e isso, segundo o colunista do Globo, foi levado em conta na decisão. Acho que só assim para eles ganharem, né?

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Atualização 00h35

Meu irmão me chamou ali na sala para ver o comentário do PVC, do ESPN, sobre a escolha das cidades. Ele estava falando sobre Cuiabá. Quando nos falam para levar casaco ou sobre futebol, mães acertam. Dê uma olhada no blog dele clicando aqui e tire suas conclusões.

Boa sorte, Cuiabá!

(Sorte o baralho!)

Interditado

O Silvio Santos nunca me enganou. A peruca, aquele microfone ridículo e o Roque como assistente de palco denunciavam que ele não vale nada. Hahahaha...brincadeira, o cara é foda. Engraçado, bom apresentador, mas pisou feio na bola. Sim, eu sei, a Maísa é das coisas mais chatas da televisão interplanetária, mas criança é criança, merece cuidado e atenção.
Toda a história do SBT foi marcada por episódios que o desabonam como rede de televisão. As constantes trocas de horários dos programas, desaparecimento repentino de séries da grade e até situações envolvendo polícia. De tempos em tempos, quando a audiência está em jogo, eles vão ao fundo do poço: porrada no programa da Márcia (nos anos 90), banheira do Gugu, Ratinho e agora isso. Brincar, no pior sentido da palavra, com uma criança de seis anos de idade.
Para quem tem mais o que fazer ou não acessa a internet a história é a seguinte: dois domingos atrás, o cara do baú, mesmo após inúmeros pedidos da menina, chamou ao palco um garoto com uma maquiagem de monstro, ou algo do tipo. Ela, com medo, saiu correndo e chorando.
No domingo seguinte, num ato de extrema sensibilidade, mostrando se importar com a integridade psicológica da garotinha, ele, novamente, fez ela chorar. Bicho, fazer criança chorar de propósito por audiência é o quê? Pra mim, filha-da-putisse, no mínimo.
O Ministério Público de Osasco (SP) entrou no caso e proibiu a participação da apresentadorinha no quadro do programa do seu Silvio. O Conselho Tutelar de São José dos Campos (SP) fez uma avaliação da vidinha da artista tamanho P e chegou a conclusão de que tudo está nos conformes: ela é feliz, os pais são bacanas e a vida é bela.
Olha, pelo bem, sei lá, das futuras gerações, o ideal nesta situação seria aposentar a menina, interditar o Silvio Santos (quem deixa o Netinho apresentar um programa de TV tem algum problema sério), trancar o SBT e jogar a chave fora.

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Foto: Divulgação/SBT

Lado B, de bom

Hoje tem Barulho Zen, às 20 horas no Aracy Balabanian. O vocalista, Nando Mendes, além de bom músico, é irmão da Nathália, amiga desde sempre. Fazem parte de banda ainda, Luis Fellipe, Rodrigo DG, Diegomar Ciaparini, e Douglas Ciaparini.
Ontem bati um papo com o Nando, ele definitivamente nasceu para ser artista. O figura me contou uma história ótima. Ele viajou do Rio para São Paulo com Paulo Simões e Toninho Porto, provavelmente escondido da Gisele, a mãe. Ele colocou o CD demo da banda e os caras, como disse o Fernando, o lapidaram durante seis horas, dando toques sobre métrica, poesia e composição.
Se você gosta de Nando Reis, Cazuza e Cássia Eller, não perca! Barulho Zen faz covers desse trio e eu, como chato, posso dizer que vale à pena ouvir e se animar, da maneira que preferir, né, Fernando?

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Anota aí:
Cena Som apresenta Barulho Zen, com o show Lado B de bom.
Teatro Aracy Balabanian
20 horas
Ingressos antecipados pelo cel 8416-6322
Na hora R$15, estudante paga meia.

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Foto: Rachid Waqued

Sem escalas

Assim tá fácil. Pra viajar para o exterior só pagando a passagem em trocentas vezes no cartão. Isso se você não for parente de nenhum parlamentar brasileiro, como a dona Maria José Gomes, mamãe do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE). Ela viajou para Nova York na faixa, utilizando um bilhete pago com recursos públicos.

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Reprodução Congresso em Foco

Três é demais - Auuu!

Um é ruim, dois é péssimo e três é o PTB. Estava assistindo ao chatíssimo Jornal Nacional quando de repente, não mais que de repente o programa foi interrompido pela propaganda política obrigatória. Fiquei vendo e AU! Isso, AU, como um latido de cachorro. Frank Aguiar, o cãozinho dos teclados apareceu cantando. O fela-da-mãe não contente em tentar destruir o mercado fonográfico brasileiro agora ataca outro território, a política.
Como uma andorinha só não faz verão ele veio acompanhado. Mal acompanhado. Não tenho dúvidas que você lembra do querido deputado Roberto Jefferson, o herói da nação, responsável por denunciar o mensalão, esquema de compra de deputados de partidos aliados, pelo governo.
Tá bom? Nããããão! O PTB também é o partido do ex-presidente, o galã de Alagoas, Fernando Collor de Melo. Nem preciso dizer mais nada, né?
Agora me explica qual a credibilidade de um partido desses? Nesta semana, em Campo Grande, o ex-governador Pedro Pedrossian resolveu fazer parte desse grupo, filiou-se e pretende disputar a próximas eleições ao governo do Estado. “Maravilha, Alberto!”
Cara, quando eu vou, sei lá, comer sobá na feira, eu dou uma perguntada para os meus amigos qual barraquinha é boa. Esses caras estão nem aí para a credibilidade do partido, história e tudo mais. Torço por uma dor de barriga. Deles, é claro.

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Foto: Blog Oficial Frank Aguiar

..."Cai, cai balão"...

Ele pode até negar, mas eu prefiro e acho muito mais engraçado acreditar que sim. Pete Docter, diretor de UP, a nova animação da Disney, negou qualquer influência do caso do padre brasileiro, o locão estagiário na arte de usar o GPS, no filme. Duvideodó, assista ao trailer aqui e preste atenção na cena em 2’08’’. Se isso não for uma referência, fora o uso dos balões, é claro, eu não sei de mais nada.
O desenho, conta a história de um velho rabugento que resolve colocar uns balões na casa para dar uma volta, passando inclusive pela América do Sul. Os produtores vieram ao Brasil dar uma olhada nas paisagens para que as imagens não ficassem falsas. Foda-se, tô mais interessado nos balões.
Dando uma googlada para relembrar o caso, descobri um feito do nosso padre. Ele ganhou um prêmio! Sim! Todos os anos um tal de Wendy Northcurt escolhe o cidadão que acabou com a própria vida de maneira mais absurda. A competição leva o nome de Darwin, autor da teoria da evolução – só os fortes e espertos sobrevivem, bem a grosso modo. Essa poderia ser a teoria do Rambo também – então, o padre foi escolhido ganhador do ano passado. Tão bacana isso, sempre tem alguém difundindo o nome do nosso País por aí.
O concurso é sério, estão aí às regras (de acordo com o Wikipédia) para comprovar:

Incapacidade de gerar descendência - através da própria morte ou esterilização
Excelência - forma sensacional e estúpida com que comete o erro. Incrível desuso da lógica e da razão.
Auto-seleção - Causa o desastre por si mesmo; com mérito incondicionalmente individual.
Maturidade - O indivíduo deve estar em total uso das suas capacidades mentais e físicas. Deve possuir capacidade de julgamento e raciocínio.
Veracidade - O evento tem de ser verificável. Excluem-se as "Lendas Urbanas"

Dando mole

Estou rodeado de gente chata, de amigos chatos. Ainda bem. Pessoas legais me cansam. Pra mim, pessoas muito legais têm a necessidade de serem aceitas. Pessoas legais não são assim de propósito, fazem por despropósito, quase que por displicência.
Quando se está longe de tudo fica mais fácil olhar, analisar o que acontece (ia) a sua volta. No último ano tive bastante tempo para pensar e repensar milhões de coisas e principalmente a maneira como eu me relaciono com o planeta e com os seres humanos (se continuar assim poderei escrever documentários para a Discovery).
Sobre mim, descobri ter feito, vez ou outra, certas coisas apenas para ser legal e acabava me traindo. Passou. Sobre os outros apenas teorizei o que já tinha entendido na prática: os chatos são milhões de anos luz mais legais do que os legais-legais. Desde sempre eu me cerco de chatos, a lista é grande. Larissa, Wagner, Manuela, Talitta, Thayssa, João David, Caetano, Osmar, Thaysa, Leandro, Bia Chatonadi, Bia Lorente, Fânia, Vanusa, Cristiano e Adriano, isso numa busca rápida na minha memória. Pessoas conhecidas em diferentes épocas, que eu gosto muito, mas com um ponto fortíssimo em comum. São chatas. Se você encontrar com algum desser por aí e eles forem legais, provavelmente, estão te dando mole.
E porque são chatas? Cada um pelo seu motivo, mas de maneira geral têm personalidade forte, não se importam muito com a opinião dos outros, não fazem sentido, depois fazem, brigam pelo seus desejos, dizem o que querem, reclamam, se cansam com o comum, são INTERESSANTES.

Te vira, malandro!

Vamos lá, exemplo. Você tem um trabalho, recebe um salário e paga todas as suas contas no final do mês. Um dia, rodando pela cidade com a sua brasília, turquesa, ano 89 (não tenho idéia das datas de fabricação de brasílias) atropela um cachorro muito louco, perde a direção, acerta um poste e destrói parcialmente o seu carro, financiado. O governo, seja federal ou estadual não irá lhe ajudar, certo? Sim, certo, foda-se você, o conserto do seu carro, a indenização aos donos do cachorro, sua perna quebrada e as despesas com o hospital. Te vira, malandro!
Mas por que com os produtores rurais a história é diferente? Todo ano é a mesma coisa. Poucas chuvas, fazendeiros reclamam, pedem perdão de dívidas e o governo, vez ou outra, atende.
Em uma matéria, no site Campo Grande News, hoje, o senador Valter Pereira (PMDB), defende perdão da dívida de produtores da região de Naviraí. “Os produtores das cidades de Itaquiraí, Mundo Novo, Eldorado, Japorã e Iguatemi estão na listagem e foram beneficiadas com o perdão de 95% das dívidas.”
E a costureira despedida semana passada? A empregada que foi obrigada a deixar de pagar a parcela do fogão para comprar o remédio do filho? Quem ajuda?
O Leandro, meu amigo e assistente para qualquer tipo de assunto, disse que eles recebem esse auxílio, pois se não acontecesse o preço dos alimentos subiria e isso afetaria a população. Faz sentido também. Faz todo sentido, mas convenhamos, todo ano?

Faça o que eu digo...

Não é de hoje. A igreja católica no estilo “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”, sempre quer dar uns conselhos bem joinhas para os seus fiéis. Agora, católico obediente não pode usar camisinha e nem assistir ao filme “Anjos e Demônios”, com estréia marcada para o próximo dia 15 de maio, aqui no Brasil.
Depois da estréia em Roma, na semana passada, um bispo de 102 anos denunciou o filme à Procuradoria de Roma, acusando-o de difamar os valores da igreja e o prestígio da Santa Sé, segundo reportagem da Folha. Oi? E precisa de algum filme para fazer isso? Pior, eles podem fazer o resto do mundo não? E esse tiozinho de 102 anos? Seria melhor ele ficar em casa cuidando dos filhos e netos? Sim, eu sei, ele é bispo, mas isso nunca os impediu de darem aquela levantada na batina.
Há alguns anos, aqui em Campo Grande, a igreja também fez um oba-oba por causa da exposição do artista plástico Evandro Prado. Ele usou símbolos da igreja católica para mostrar como o capitalismo se apropriou de tudo, até mesmo da religião. O arcebispo de Campo Grande, Vitório Pavanello, um cara suuuuper simpático (escrever ironia é mais complicado) esqueceu que a igreja não manda mais em porra nenhuma e entrou com uma ação na justiça, pedindo a destruição dos quadros.
Na Câmara de Vereadores o médico-vereador-apresentador-católico Paulo Siufi (PMDB) também foi contra exposição, mas dias atrás assinou na boa a moção de congratulação oferecida a mais ilustre campo-grandense deste mês, a Priscila. Assistir geral quase pelado no Big Brother, beleza, né?
Quem propôs a parada foi o vereador Vanderlei Cabeludo(PMDB) (bora renovar o penteado?). Ele mostrou ter muita personalidade e dias depois pediu desculpas por homenagear uma das próximas capas de Playboy. Podia ter esperado a revista e feito isso sozinho, em casa.

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Má educação*

Longe de mim querer ser o tipo de babaca que volta de fora do País e acha o Brasil uma bosta, mas é impossível não comparar com os lugares onde estive antes. Ontem fui a um bar novo (???) e na hora de pagar a comanda, duas espertas furaram a fila entrando na frente das pessoas que estavam a minha frente. Olhei, estiquei o braço e dei uma cutucada no ombro de uma delas:
-Moça, a fila começa ali atrás.
-Mas tinha um cara aqui, virado para lá, entramos atrás dele.
-Ok, mas o final da fila é ali.
Ela disse qualquer coisa e continuou no lugar. Se eu fosse a minha mãe, teria xingado, dado uma voadora no peito dela e tomado o lugar de volta, mas deixei pra lá pensando que teria sido muito melhor se as duas compensassem a falta de atributos físicos com educação, mas não contentes em serem beeeeem feias, ainda eram mal-educadas. Coitadas, vão morrer solteiras.
Em Londres as pessoas definitivamente não são simpáticas, mas coisas básicas como esperar todos descerem do vagão do metrô antes de entrar é normal. Já o australiano é extremamente educado. Mais do que isso, é gentil. Os caixas do mercado, atendentes do McDonald's e lojas em geral sempre perguntam como você está, agradecem ao final e desejam um bom dia. Na rua as pessoas te olham e cumprimentam com um sorriso e na balada sempre pedem licença e desculpam-se caso esbarrem em você. Isso quando estão sóbrios, no final da noite tocam o terror e acabam com os fast-foods.
Pensado melhor depois, cheguei à conclusão de que eu também fui ou sou culpado pela falta de educação dela. Se eu tivesse chamado um garçom ou gerente ela teria ido para o fim da fila, passado vergonha e talvez aprendido. Ou não.

*Má educação é o nome de um filme do diretor espanhol Pedro Almodóvar e nada tem ver com o assunto deste post.

Dia cheio

Priscila chega em Campo Grande e se reunirá com Trad

O prefeito deve estar bem ocupado ultimamente.

Pra começar

Ensaiei, ensaiei e ensaiei para ter um blog. Além do receio de talvez me descobrir um escrevedor ruim, imaginava também a possilibilidade de não ser original. Ter a obrigação de escrever diariamente (pô, blog sem atualização é chato pra carai), quebrava minha cabeça pensando: “Vou dizer o quê? Para quem?”
Na verdade, ou parte dela, é que eu sempre me achei meio sem repertório, como se eu não tivesse vivido ou tido experiências que fizessem de mim uma pessoa interessante e isso, claro, se refletiria nos meus textos.
Olhando por aí, percebi blogs cada vez mais bacanas e outros de pessoas que nada têm a dizer, mas dizem mesmo assim. Então, estou por aqui pra participar de um jeito ou de outro. Caguei para opinião pública!
Despretensiosamente - tudo bem, quem escreve despretensiosamente não está afim de ser despretensioso - que seja, não vou definir um formato, assunto ou mesmo as cores aí do fundo. Vou construindo isso aqui aos poucos. Então, seja o que EU quiser, afinal quem manda nessa pooooorra, sou eu.