quinta-feira, 11 de junho de 2009

"Favor avisar"


Cafundó do Judas. Você já deve ter ouvido essa expressão. Pra mim, esse era apenas o lugar onde a Mirela mora, mas não, ele realmente existe. O Profissão Repórter da última terça-feira (09/06), mostrou a vida de brasileiros que vivem isolados. O programa expôs um pouco da vida dos moradores da Serra do Cafundó, no interiorzão do Ceará, distante 200km da capital Fortaleza. Lá, energia elétrica e água são apenas sonhos distantes, a realidade é dura, como as pedras do morro por onde as crianças passam, três vezes por semana, para estudar.
O exemplo de Janiela me tocou bastante. Ela anda mais de 20 quilômetros (dez para ir, mais dez para voltar) para ter aulas. Morando numa casa de taipa, a menina, não sabe como um celular funciona. Lá pelas tantas, Caco Barcellos acompanhou o aniversário dela. Na verdade acompanhou a data, pois não houve qualquer festa. A mãe da garotinha contou nunca ter feito um bolo ou comemoração. A família planta para subsistência e recebe bolsa-família, que rende apenas duas semanas de sustento.
Em algum momento da nossa vida alguém nos disse que não temos o direito de reclamar de nossa condição privilegiada. Não me sinto culpado por ter uma vida relativamente bacana, mas o que me deixa triste é saber que pessoas como Janiela vivem uma vida tão foda. Tento entender como (sem cair naqueles clichês de que todo político é filho-da-puta) as coisas ainda continuam difíceis para a maioria. Parece simples resolver o problema da menina: ensinar uma profissão aos pais dela, proporcionar uma moradia decente e garantir a continuidade dos estudos da garota. Se alguém souber a respostas, como diz o radialista Juca Ganso, para àqueles que moram em regiões de acesso complicado aqui no Estado, “favor avisar”.
O programa está disponível no site. Clique aqui para assistir.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

5x1

Pêlo na mão é o de menos. Masturbação causa morte:

David Carradine teria morrido em 'acidente de masturbação'

O cara tava na Tailândia. Uma prostituta lá deve custar o quê? Uns dez dólares, se muito.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Segura Peão


Quer a boa ou a má notícia? Vamos começar pela boa. Foi aprovado, nesta quarta-feira, na Câmara dos Deputados, o projeto que proíbe o uso de animais em circos. A proposta ficou dois anos parada por lá, antes tarde do que nunca. Falta ainda passar pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e pelo plenário da Câmara, mas o relator, nosso conterrâneo, Antonio Carlos Biffi (PT-MS), deu parecer favorável, então, provavelmente tudo vai dar certo.
Os circos terão oito anos para se adaptar. É bastante tempo, muito tempo, mas nem tudo é perfeito. Nunca gostei de circo, sempre achei meio sem-graça. Acho palhaço a coisa mais idiota. Gosto dos números de malabarismo e das acrobacias. Tá aí o Cirque du Soleil para comprovar que o talento pode substituir os animais nos espetáculos. Bacana, tudo muito bom, tudo muito bem, né? Não!
A mesma comissão liberou o uso de animais em rodeios. Porra! Dois pesos e duas medidas? O animal de circo sofre nos bastidores e aparece bem aos olhos dos expectadores. Os animais dos rodeios talvez sejam bem tratados nos bastidores para sofrer aos olhos de um bando de selvagens, torcendo pela besta que monta ficar oito segundos. Provavelmente o lobby dos organizadores desses grandes eventos deve ter contado muito.
Espero por uma revolução dos bichos, como no livro de George Orwell. Talvez quando um touro resolver montar num peão, colocando uma corda para apertar o saco do cara, a comissão reveja o parecer.
Foto: Cirque du Soleil